Marcus Vinicius Quiroga
RASTROS
(Passaporte para o país das palavas)
Engano
pensar
que
as palavras não deixam rastros
Por
elas pode-se até identificar
o
paradeiro de pessoas
Não
que elas façam exatamente
um
serviço de utilidade pública,
Agora,
se o ouvinte ou leitor
tiver
boa percepção,
é
capaz de localizar poetas de toda espécie
e
escolher algum que tenha serventia
Não
há também cão
que
fareje palavras pelo papel
e
seja indicado para capturas
Isto
só é viável em histórias
que
habitam papéis
e
para autores de obras policiais
que
não se aborrecem
de
suas palavras serem pegadas
As
palavras não são lavadas pela chuva
Logo
permanecem
para
serem lidas como pistas,
embora
estas não sejam únicas,
mudam
de significado
de
acordo com as interpretações
São
feito pessoas em estado de viagem
Nenhum comentário:
Postar um comentário